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segunda-feira, 6 de julho de 2020

A epistemologia narrada nas águas de Logum Edé: Literatura Abèbè - um relicário de sal e cura | Entrevista com Hildália Fernandes



“Òsún é fundamento epistemológico”, Carla Akotirene
À nova escrita deixo registrados um de meus maiores e mais intensos mergulhos em busca do segredo guardado pelos cavalos-marinhos: a Literatura Abèbè! Eu que sou peixe, com permissão, adentrei ao bloqueio dos guardiões das águas doces e fui buscar, nesse cruzo, a comunicação transmitida pelo espelho. Ao subir à margem, eu pude aprender que a água também reflete seus mistérios de contornos líquidos. Logun Éde, a criança-príncipe, ensinou-me o verdadeiro sentido de (re)mar.
A Literatura é cruzo! É elemento nos portais da Encruzilhada! É força que comunica corpos, gestos, olhares, experiências, sensações, angústias e prazeres.  A Literatura é existir e tornar à existência quantas vezes forem necessárias. É brasa; chama; fogo; água doce; água salgada; pedra; faca; mola e etc. A Literatura é objeto da plurissignificação; da semiótica; da análise do discurso e é todo um mundo, para quem, quiser adentrar por ela. A Literatura é um constante Ritual de Passagem!
E é por essa soleira que eu convoco a todos e todas para lerem a entrevista de Hildália Fernandes cedida à Revista Publiquei. 
Por Jacqueline Oliveira

Hildália Fernandes é Doutoranda em Literatura e Cultura pelo ILUFBA. Mestre em Educação e Contemporaneidade. Especialista em História e cultura afro-brasileira. Especialista em Linguística com ênfase em Análise do Discurso. Licenciada em Pedagogia e Bacharel em Serviço Social. Segue nossa entrevista:


Publiquei. Quem é Hildália Fernandes?
Hildália Fernandes. Abiã, filha de Lógún dẹ com Ọya; Uma alucinada pela vida; a mãe de Cauê; Erva Doce na capoeira; torcedora do Vitória; Amante da produção literária de mulheres negras pela diáspora e em especial de: Carolina Maria de Jesus, Toni Morrison e Cristiane Sobral; companheira de Robson Paranan; educadora; contista; amiga; sista e uma eterna aprendiz!

Pub. O que é a Literatura produzida por mulheres negras no Brasil?
Hildália Fernandes. Ouro em pó; poderoso e eficaz arsenal para combater aos episódios cotidianos de racismo" (KILOMBA, 2019); insumo para os nossos inevitáveis processos de (auto)conhecimento e (auto)realização; à; útero alquímico; placenta; um abẹ̀bẹ̀ infinito onde nos miramos para que não esquecemos do que somos e do que viemos para sermos; denúncia; deleite; dor; prazer ... lista interminável e em eterna construção. Água ora límpida e calma, ora ruidosa e turbulenta!

Pub. Hildália, você é Assistente Social de formação, mas sempre dialogou em suas pesquisas e docência na área de educação. Em que momento acontece o cruzo com a Literatura Negro Brasileira?
Hildália Fernandes. Minha formação inicial é em Serviço Social. Formei em 1993 pela UCSAL. Mas sou, também, e antes de tudo educadora. Escolhi isso para mim! Sina? Paralelo ao mestrado em educação (2010 a 2012) pela UNEB cursei, na modalidade EAD, Pedagogia. Sendo a literatura o meu combustível no mundo, foi inevitável o cruzo - Que palavra linda! Desde o primeiro momento que recordo da minha docência lembro que a literatura negra já fazia parte, sobretudo quando se tratava de formação de professores em processos que envolviam a (re)educação para as relações étnico-raciais. Existe um vídeo pertencente ao Projeto Literatura Inteira que explico sobre a minha proposta de Literatura Abẹ̀bẹ̀ no qual explicito, também, a forma com a literatura auxilia, sobremaneira, no entendimento de certas noções e processos. ainda que saiba que a sua importância, abrangência e alcance seja muito maior que esse fim. O legado produzido pelo nosso povo é inestimável e entendo que imprescindível para que alcancemos a plenitude e possamos realizar tudo o que esta destinado a nós, povo preto na e pela diáspora.  

Pub. Afinal, qual a responsabilidade do autor(a) negro(a) ao assumir o respectivos termos: Literatura Negro-Brasileira; Literatura Afro-Brasileira e Literatura Afro-descendente?
Hildália Fernandes. Qualquer uma das escolhas acabará por revelar sempre um lugar e posição política. Desde que conheci e acessei a noção elaborada e desenvolvida por Cuti (2010) tenho optado por ela e de forma mais ampla pela negro-diaspórica proposta por Ricardo Riso por acreditar que são as mais completas e a que mais se aproximam da forma como compreendo essas produções. Essas diferentes nomenclaturas acabam por explicitar a forma como concebemos nossos processos e lugares para além da produção literária. Como me entendo e me vejo no mundo.



Pub. Afinal, o que é a Literatura Abèbè?
Hildália Fernandes. Trata-se de uma proposta, ainda em construção, de uma abordagem teórico-crítica para ler (na tese) parte do acervo de Toni Morrison, procurando acompanhar o processo de construção identitária de seis personagens, em três, dos onze romances por ela publicados. Mas o desejo, de forma mais ampliada, é o de que acessando e lendo a produção literária de mulheres negras espalhadas e reunidas pela diáspora, possamos aprender com os percursos formativos das personagens pertencentes a esse acervo e que os processos de construção identitária compartilhados, das personagens escolhidas para análise, possam servir como abẹ̀bẹ̀ na escolha dos nossos caminhos. 
A Literatura Abẹ̀bẹ̀ apresenta-se como caminhos para a insubordinação e insurreição contra processos opressores e coloniza-dores. Uma literatura que se funda, sobretudo, em referências ancestrais e configura-se como da ordem do iniciático, uma vez que se entende que conhecer essa produção literária auxilia, sobremaneira, em processos de/para (auto)conhecimento, no mais das vezes, permeados por etapas que vão desde a (auto)rejeição, (auto)repugnância, (auto)sabotagem, mas, podendo desaguar, também em (auto)aceitação, (auto)revelação, (auto) cuidado, (auto)amor, (auto)cura e porque não, (auto)realização. 
O desejo, com o desenvolvimento dessa abordagem, é o de se pensar a ferramenta litúrgica (abẹ̀bẹ̀) como possibilidade de auxílio na escolha dos caminhos, a fim de anunciar e apontar as armadilhas sempre presentes em nossas jornadas existenciais e em nossos processos de construção identitária, desaguando, sobretudo, nas encruzilhadas que formam e constituem essa corporalidade de mulher negra que é, fundamentalmente, memória armazenada e difundida.
Não poderia deixar de mencionar, ainda aqui, a noção de abebelidade desenvolvida por minha irmã Cristian Sales, responsável eterna pelos meus caminhos na e pela literatura. Ela propõe uma noção para ler a poética de Lívia Natália e de forma mais ampla, um acervo que desague nas águas douradas de Ọ̀ṣun. Aprendo muito e sempre com ela e sou muito grata pelas trocas e irmandade a mim oferecida há tanto tempo. 
Conceição Evaristo (2019), em total sintonia e conexão ancestral, dialoga muito de perto, também, com a proposta elaborada por mim quando fala sobre os espelhos de Ọ̀ṣun e Iemanja para melhor compreender e ler a produção literária negro diaspórica.
Notamos, assim, que essa ferramenta ancestral, acaba reverberando muito fortemente em nossos orí, cabeças, ainda na con[tra]temporaneidade (CARRASCOSA, 2014). Pois, as três teóricas em tempos e lugares distintos, optam por fazer uso do mesmo instrumento para pensar e teorizar a litertura produzida pelas mulheres negras na diáspora negra, dada a forma como esse legado e herança reflete e refrata em nós, leitoras negras diaspóricas.
Enfim, o desejo é o de criar possibilidades de cunho teórico-crítico e metodológico negroperspectivadas para ler com mais coerência e pertinência o acervo produzido pelas mulheres negras diaspóricas e em especial, na tese, três, dos onze romances de Toni Morrison. Para isso um tripé foi montado com o objetivo de sustentar a proposta em construção. O mesmo pauta-se na teoria e crítica literária negro-diaspórica, na psiocologia e psicanálise negro-perspectivada e no feminismo negro. Um importante rol de autores pertencentes a essas três areas do conhecimento foi montado, tendo em vista o uso das importantes contribuições de ordem teórico acumuladas ao longo do tempo. E é de posse dessa herança/legado que me disponho a ler os romances escolhidos como corpora para a pesquisa.

Pub. Há tempos eu acompanho a sua paixão por Carolina Maria de Jesus e seu compromisso em promover a intelectualidade periférica da mesma. Por quê públicos distintos devem ler Carolina?

Hildália Fernandes. Carolina é farol, ponte, lume, estrada, caminhos, um enorme infinito abẹ̀bẹ̀. Tantas aprendizagens essa mulher generosa partilhou conosco e em condições sempre tão adversas. Uma herança preciosa por demais para ficar circunscrita a espaços acadêmicos ou quaisquer que sejam eles. Existe um vídeo no youtube de uma adolescente falando com propriedade da obra Quarto de Despejo e é impossível você não se sentir tocada pela forma como a leitora se identificou com a narrativa lida. É de uma riqueza infinita o legado deixado por essa mais velha! Todes devemos e podemos aprender com ela. Ela é enorme! Gigante! E eu sou eternamente grata. Como retribuo? Comprometendo-me a apresentá-la para o mundo sempre que possível. Eu sou a responsável, também, e com muito orgulho e alegria, por iniciar a tradição de enviar cartas a essa mais velha, a primeira foi no centenário dela, em 2014

Posteriormente, tomei conhecimento que uma escritora antilhana, imigrante na França, Françoise Ega, também realizava tal ato, depois de ler uma matéria sobre Carolina e ter se identificado com ela. Hoje, muitas são as nossas que exercitam essa comunicação entre os dois mundos. Sou muito orgulhosa de ter aberto esse portal, pelo menos em solo brasileiro.

Pub. Em que/quais espaço(s) cabe uma "Usina de Sonhos", pensando nas funções que a Literatura pode exercer?
Hildália Fernandes. Usina de Sonhos é um conto muito especial para mim, ainda que não tenha sido o meu primeiro conto publicado. Ser uma autora dos Cadernos Negros me honra muito, pois, antes de ser vitrine é escola. Todas as mais velhas que admiro e me inspiro publicaram primeiro por lá. Ainda que tenha finalizado minha participação no número 38. É uma das poucas histórias que contrariamente ao que acontece quando escrevo contos, pude planejar tudo, até mesmo o nome da personagem que parece um equívoco, mas que foi proposital para pensar um contexto machista e falocêntrico. A avó confia uma missão a neta e ela acaba cumprindo o esperado e com isso ajuda a tantas das nossas na realização dos seus desejos. Tem coisas secretas por lá compartilhadas de forma cifrada. Penso que seja uma narrativa para acalentar nossos desejos de futuros possíveis e mais férteis e dignos. Mas o que mais amo mesmo é o seguinte - Relicário que acabou saindo no volume 38. Nele pude pensar sobre a importância do lugar na trama e foi fruto de uma experiência muito fértil num curso que Ana Maria Gonçalves ofereceu sobre a cartografia afetiva da cidade de Salvador. E a ela dedico uma história totalmente inspirada em sua obra e ainda em busca de uma dicção toda minha (será mesmo possível?).



Pub. A Hildália pesquisadora se separa da escritora? És uma arquiteta ou jardineira de palavras?
Hildália Fernandes. O legado que a contista tem produzido e compartilhado tem me parecido contrário ao que a teórica tem feito. Enquanto a última tem desejado, incitado e incentivado uma produção de cunho, predominantemente, empodera-dor e emancipatório, a primeira tem sintonizado e escrito sobre mulheres ainda muito quebradas, partidas, lacunares que desejam o encontro consigo mesmas e se libertar de tantos pesos acumulados ao longo dos duríssimos caminhos. Ainda que o processo de escrita literária não seja psicográfico, ele é essencialmente mediúnico como propõe e defende Alice Walker. Sinto-me muito mais a vontade no lugar daquela que escreve teórica e criticamente sobre a escrita das nossas sista do que no lugar da contista que precisa narrar essas histórias ainda tão carregadas de dor e pesar. Queria que chegasse o tempo de falar de amor, conquistas ... Mas creio que ele não tarda a chegar, ainda que tanto ẹ̀jẹ̀, sangue, dxs nossxs venha sendo derramado. Na produção teórico-crítica, onde deposito meu gozo e plenitude, uma arquiteta inflexível. Desenho cada detalhe do caminho a percorrer. Mas na produção literária encontro-me no papel de vento que só espalha as sementes por um enorme jardim e só depois que elas germinam e brotam é que vou ver quais são as flores que desabrocharam. Sem nenhum controle ou planejamento. A coisa vem tão pronta e redonda que não me habilito nem mesmo a ousar mudar nome ou circunstâncias. Sou tão somente instrumento a serviço de uma ancestralidade e espiritualidade que me constitui. Com muita honra! Amo e respeito à missão a mim confiada!

Pub. Você é uma grande admiradora da Literatura de Toni Morison. "O olho mais azul" é...?
Hildália Fernandes. O melhor livro de todos os tempos; meu abẹ̀bẹ̀ primeiro e maior; título principal dos corpora da tese que estou a escrever; poço sem fundo para o (auto)conhecimento; documento das mazelas produzidas pelo racismo e seus derivados. Da mesma forma que Ana Maria Gonçalves escrevendo a obra Um defeito de cor descobre e declara: "Kehinde sou eu". Na escrita da tese me peguei (des)cobrindo que Pecola Breedlove sou eu! E se desconfiasse disso antes teria corrido léguas desse título para analisar. A escrita da tese tem sido catártica por demais! Agregue a isso agora a etapa de revisão e complemento para o exame de qualificação, no final do ano, em tempos de pandemia!

Pub. A Literatura te permitiu?
Hildália Fernandes. Tornar-me o que sou! Ser uma docente plena e generosa; ser um ser humano melhor; me (des)cobrir, me tornar negra ... ser! Tornar-me! (Re)elaborar-me, (re)fazer-me vezes sem conta a partir de cada obra e personagem que conheço e acesso. Gratidão ẹ̀gbọ́n mi por esse ẹ̀bùn, presente, lindo a mim confiado. Um presente maravilhoso! Que seja a primeira de 
muitas! Gostei muitíssimo da experiência! Cuidemos-nos e nos amemos sempre e muito!
 
ALGUMAS PUBLICAÇÕES: 

GUIMARÃES, Geny Ferreira; CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha. Literatura Negro-brasileira: entre a identidade e a alteridade. In: Congresso Baiano de Pesquisadores Negros (4.: 2013: Cruz das Almas ,BA). Anais [do] IV Congresso Baiano de Pesquisadores Negros, Cruz das Almas, BA, 18 a 21 de setembro de 2013 / organizado por Juvenal de Carvalho Conceição, Naiah Caroline Rodrigues de Souza, Antônio Liberac Cardoso Simões Pires. – Cruz das Almas-BA: UFRB; APNB, 2013. 1026 p.: il. p. 329-345. Disponível em: https://www.ufrb.edu.br/portal/images/documentos/anais-iv-cbpn.pdf . Acesso em: 26 jun. 2020. 

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha; Magnaldo Oliveira dos Santos. O banzo na prosa negra de Cristiane Sobral: herança ancestral? In: Congresso Baiano de Pesquisadores Negros (4.: 2013: Cruz das Almas ,BA). Anais [do] IV Congresso Baiano de Pesquisadores Negros, Cruz das Almas, BA, 18 a 21 de setembro de 2013 / organizado por Juvenal de Carvalho Conceição, Naiah Caroline Rodrigues de Souza, Antônio Liberac Cardoso Simões Pires. – Cruz das Almas-BA: UFRB; APNB, 2013. 1026 p.: il. p. 346-359. Disponível em: https://www.ufrb.edu.br/portal/images/documentos/anais-iv-cbpn.pdf . Acesso em: 26 jun. 2020. 

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha. Carta para Carolina Maria de Jesus. In: JESUS, Carolina Maria de; Dinha; FERNANDEZ, Raffaella Fernandez. (Orgs.) Onde estaes Felicidade? São Paulo: Me Parió Revolução, 2014. p. 76-85. Disponível em: https://www.letraria.net/wp-content/uploads/2016/01/Onde-estaes-Felicidade-e-book-Letraria.pdf . Acesso em 26 jun. 2020.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha. Negras e douradas águas em Correntezas. “Riografias” 
de Lívia Natália.In: SANTOS, Jorge Augusto (Org.) Contemporaneidades Periféricas.  Salvador: 
Editora Segundo Selo, 2018. p. 389-418.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha. Orí-Irun Obìnrin Dúdú.Cabeças e cabelos de mulheres negras): a raiz que empodera em contextos sacros africano-brasileiros. In: Nascimento, Flávia Rebelo do; Fernández, Livian E. et all (Org.)  Tecituras sócioeducacionais. Salvador: Kawo Kabiyesile, 2019. p. 309-321.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha; SILVA, Camila de Mattos. Entre Águas revoltas e corpos afetuosos: a poética negro-lésbica de Louise Queiroz  dilacera como fina lâmina. In: SOARES, Mayana Rocha; BRANDÃO, Simone; FARIA, Thais (Orgs.).Lesbianidades Plurais: abordagens e epistemologias sapatonas. Salvador: Devires, 2019. p. 114-126

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha; SACRAMENTO, Dayse. Carolina Maria de Jesus: narrativas autobiográficas e ficções necessárias. In: PACHECO, Ana Claudia; NÚÑEZ, Joana Maria Leôncio; REIS, Larissa de. Candace: gênero, raça, cultura &Sociedade: construindo redes na diáspora africana. Salvador: Eduneb, 2019. p. 239-264.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha.Memória das águas encarnada no corpo: processos de (re)fazimento. In: RABINOVICH, Elaine Pedreira; SOUZA, Cinthia Barreto Santos; BARBOSA, Júlio Cézar et all. Objetos de Família: Vozes e memórias. Curitiba: CRV, 2020. p. 121-138.

BARBOSA, Júlio Cézar; CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha. Negras e femininas escritas de si: (re) lembrando para (re) significar e dignificar negras memórias. In: RABINOVICH, Elaine Pedreira; SOUZA, Cinthia Barreto Santos; BARBOSA, Júlio Cézar et all. Objetos de Família: Vozes e memórias. Curitiba: CRV, 2020. p. 101-119.
Ensaios: 

GUIMARÃES, Geny Ferreira; CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha. Campo Belo: narrativa insubmissa e insurgente. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 131-148, ago. 2019. ISSN 2175-7917. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2019v24n1p131/40688  Acesso em: 26 jun. 2020. 

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro; BARBOSA, Júlio Cézar. “Geo-bio-grafias”, de Carolina Maria de Jesus: Por que e para que recordar e publicizar suas negras memórias? Para quais lugares essas reminiscências nos levam. In: Direitos humanos, leitura, literatura: criar, existir e resistir / Organizadores Elizabeth Gonzaga de Lima, Luciana Sacramento Moreno Gonçalves, Maximiano Martins de Meireles. – Rio de Janeiro (RJ): Bonecker, 2019. p. 274-286;

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Literatura Abẹ̀bẹ̀: memórias literárias das profundezas. In: Anais do Congresso do VII Congresso baiano de pesquisadorxs negrxs/ Universidade Federal da Bahia (UFBA), Vol. 1, n. 1 – Salvador: Segundo Selo, 2019. p. 300-315. Disponível em: http://apnb.org.br/pub/APNB/Congressos/Anais.pdf. Acesso em 26 jun. 2020.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Abẹ̀bẹ̀ banhado em ẹ̀jẹ̀: a necropolítica na poética de Lívia Natália. In: Anais do Congresso do VII Congresso baiano de pesquisadorxs negrxs/ Universidade Federal da Bahia (UFBA), Vol. 1, n. 1 – Salvador: Segundo Selo, 2019. p. 316-331. Disponível em: http://apnb.org.br/pub/APNB/Congressos/Anais.pdf. Acesso em 26 jun. 2020.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro.  Literatura Abẹ̀bẹ̀: uma abordagem teórico-crítica negroperspectivada para ler a produção literária de Toni Morrison. In: SOUZA, Ana Lúcia et al. Rasuras epistêmicas das (est) éticas negras contemporâneas Seminário Rasuras 2017/ Ana Lúcia Souza, Denise Carrascosa, Jorge Augusto, Henrique Freitas, Maria Dolores Rodriguez e Silvana Fonseca – Salvador: Edição Organismo e Grupo Rasuras, 2020.  p. 255-266.

LITERÁRIOS:

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Usina de Sonhos.  Cadernos  Negros volume 36 – Contos afro-barsileiros. Sâo Paulo: Quilombhoje, 2013. p.  59-66.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. E do silêncio se fez  grito. In:  SANTIAGo, Ana Rita [et. al]. Entre o pensamento de Lélia Gonzalez e a palavra poética. Cruz das Almas: Bahia UFRB, 2014. p. 85- 92. Disponível em: https://issuu.com/proext/docs/lelia_goncalez_final. Acesso em 26 jun. 2020.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Relicário. In: Cadernos  Negros volume 38 – Contos afro-barsileiros. Sâo Paulo: Quilombhoje, 2015. p. 115-126.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Espelho Quebrado. In: Sarau da Onça (Org.). O Diferencial da Favela: dos contos às poesias de quebrada. Vitória da Conquista: Galinha Pulando, 2019. p. 73-74.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Filhos de Ikú. In: Sarau da Onça (Org.). O Diferencial da Favela: dos contos às poesias de quebrada. Vitória da Conquista: Galinha Pulando, 2019. p. 121-122.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. Banzo. In: Há prosas e versos em versos e prosas. Salvador: Kawo Kabiesile, 2020.  p.69-70.

CORDEIRO, Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro. O Porão. In: Louva Deusas: erupções feministas negrs – (3 Coletânea de literatura e Arte Feminista Negra). São Paulo: edição 
Independente, 2020. p. 110-11














Jacqueline Oliveira é mulher de àse e possui graduação em Letras Clássicas pela UFRJ e especialização em Mediação Escolar e Comunitária pela UFF. É pesquisadora da Literatura de Paulina Chiziane e da Literatura Afro-Brasileira de autoria negr feminina, professora de Língua Portuguesa na rede privada de ensino. Escritora com co-autoria nas antologias [sobre]viver, Resistir e Lutar, do coletivo ALEPA (texto que rendeu 1º lugar no gênero contos em 2018); Vértice: escritas negras, Ed. Malê (2019), Antologia Brasileira de Prosa e Poesia, Ed. Sol Além Mar (2017),  Finalista do IV Prêmio de Literatura Nacional de Belford Roxo, ocupando o 2º lugar no gênero poesia; (RE)existência, Ed. Cartola (2020); Narrativas de Mulheres Negras, Ed. Conexão 7 (2020). Atualmente cursa Pedagogia na Universidade do Norte Paraná (UNOPAR) e é colunista da revista África e Africanidades.

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