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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

A arte de Ser Feliz - Marlos Quintanilha

A Arte de ser Feliz

Por Marlos Quintanilha


“Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser”
Marcelo Jeneci, Felicidade




Falar de felicidade sem lembrar a infância é um clichê quase impossível.

E quem disse que os clichês não são verdades? A inocência de uma criança é algo que deveria ser preservado o máximo de tempo possível em cada um de nós. O olhar curioso de quem só quer ter o prazer de fazer algo novo. O riso sincero que invade o ambiente onde está. A gargalhada estonteante que reverbera quem está ao redor. Tudo isso faz parte da chamada felicidade. Ao longo da vida, os anos passam e essa inocência vai se dissipando, e com ela, consequentemente, a arte de ser feliz. Escrevendo esse primeiro parágrafo eu fiquei me perguntando: afinal, o que é felicidade? Será que é não ficar triste nunca? Há quem diga que seja encontrar um grande amor e vivê-lo intensamente. Vamos por partes. 

Nunca ficar triste num mundo onde a dor do próximo é tão dilacerante é cruel até mesmo de imaginar. Quem disse que para ser feliz precisamos encontrar um grande amor? E as paixões arrebatadoras?

Aqueles amores de verão que faz a mente ficar saudosa por anos, não conta?
Sem contar que para viver um grande amor é necessário ser correspondido, logo, a felicidade estaria condicionada a alguém.
Falamos um pouco sobre a felicidade. Agora vamos trazer para nosso contexto. Dentro da literatura temos centenas de livros que retratam essa felicidade sem querer algo em troca. Ainda na infância mergulhamos no mundo da imaginação. É nessa fase que conhecemos o papai Noel sem saber que
geralmente é nosso pai ou um tio que se veste do bom velhinho para nos presentear. Saímos em busca de ovos de chocolate (mesmo sabendo que coelhos não colocam ovos). São muitas histórias fantásticas que conhecemos e levamos para a vida. São aquelas faíscas de alegria que fazem brilhar
nossos olhos e enchem o coração de uma alegria genuína. Nossa literatura, muito diversa, destaca um personagem da autora Ruth Rocha, o espevitado Marcelo, da série “Marcelo, Marmelo, Martelo”.

Por volta dos sete anos de idade eu conheci esse livro, acredito que tenha sido o primeiro que li de verdade. E a magia das palavras curiosas de Marcelo me inundou. Lembro que assim que li, corri e fui escrever uma história sobre uma família de porcos. 

Eram poucas páginas escritas e ilustradas por
mim. Sem dúvida alguma, após essa experiência eu queria viver para ler e escrever. Reinventar as palavras. Mostrava para todos com uma felicidade sem tamanho.

E foi nas páginas dos livros que aprendi sobre a felicidade. Percebi que a inocência do Marcelo não era apenas uma fantasia. Vi que eram traços que havia em mim. No meu irmão. Nos meus amigos. E que enquanto a felicidade fosse algo que eu recebia sem a necessidade de ter algo em troca, estaria no
caminho certo. Ele não queria mudar o mundo. Queria mudar as coisas ao seu redor. A felicidade do menino ao perceber que poderia chamar as coisas da forma como ele as via é a magia contagiante da história. E quem disse que nós não podemos ser felizes do nosso ponto de vista? Quem falou que a felicidade depende do outro? Não! A felicidade mora dentro de nós. Está nos pequenos
detalhes e em grandes proporções.


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