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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Flipped Classroom - Mhorgana Alessandra

Flipped Classroom


Por Mhorgana Alessandra

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção
Paulo Freire


Um outro modelo de educação diferente da que estamos acostumados é possível de acontecer, sendo o aluno o protagonista de seu próprio aprendizado, e não apenas o alvo. Com o aparato de tecnologias, ele pode ter acesso à novas modalidades e técnicas que o auxiliem na abstração e aprendizado de conteúdos. 

Nós precisamos discutir alguns dos valores e processos da pedagogia e da psicologia da aprendizagem atribuídos a essas novas e diversas abordagens:

  • Os behavioristas não acreditam que o conhecimento seja transmitido, mas como os animais, emitimos comportamentos que são a base do nosso aprendizado. 
  • O construtivismo social trabalha em como as crianças adquirem seu comportamento e pensamento interagindo com outras pessoas, como por exemplo: seus pais e o ambiente e assim, vai modelando-as. 
Portanto, se pensarmos bem, o conhecimento é transmitido ao aluno, mas ele não é responsável pelo que é aprendido, ele é coadjuvante. 

No Brasil, a maior parte das instituições de ensino adotam o modelo tradicional de ensino, o qual o professor expõe os conteúdos e os alunos ouvem e anotam, estudam e fazem exercícios. Outra didática vem sendo adotada em vários países, destacando-se como umas das tendências da educação: a sala de aula invertida: flipped classroom

Nesse modelo, o aluno estuda os conteúdos básicos antes da aula, através de vídeos, arquivos de áudio, games e outros recursos que estimulem o seu aprendizado. Dentro da sala de aula, o professor aprofunda aquele aprendizado com exercícios extras, estudos de caso e conteúdos complementares. Os trabalhos em grupo, e o próprio ambiente virtual de aprendizagem permitem uma fixação maior do conteúdo.


Esse tipo metodologia tem alcançado resultados positivos de uma forma geral, e o mais importante: obtendo uma aderência e participação maior dos alunos. Ela foi difundida nos últimos anos pelos professores norte-americanos Jon Bergmann e Aaron Sams, e aprovada de forma prática por universidades como Duke, Stanford e Harvard, que consideram a Flipped Classroom fundamental no seu modelo de aprendizagem. O método também é adotado em escolas de países que tem se mostrado exemplo em educação, como a Singapura, Holanda e Canadá. 

Percebemos que, apesar de estar sendo disseminada de forma recente, a sala de aula invertida já foi utilizada por Vygotsky, que destacava a importância do processo de interação social para o desenvolvimento da mente. Seymour Papert, discípulo de Piaget, já defendia que o aluno usasse a tecnologia para construir o conhecimento. E, aqui no Brasil, Paulo Freire era adepto de que o professor transformasse a classe num ambiente interativo, usando recursos como vídeos e televisão. 
Nós, estudantes e profissionais ligados à educação, precisamos conhecer mais essa pedagogia, que trará contribuições importantes para nossos desafios da motivação, hábito de leitura e qualidade da aprendizagem dos nossos alunos.

É certo que a sala de aula invertida valoriza muito mais o aluno e também professor, pois este é o orientador e mediador entre estudante e conhecimento. 

Dessa forma, o aluno poderá desenvolver competências de autogestão, responsabilidade, autonomia e disposição para trabalhar em equipe e seu nível de aprendizagem se elevará, surtindo efeitos para a sociedade em âmbito social e profissional.


Encontre a autora em:

Facebook: Mhorgana Alessandra
Insta: @mhorganaalessandra

2 comentários:

  1. Maravilha de artigo!
    Parabéns pelo artigo Mhorgana!

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  2. Muito bom este método Flipped Classroom, pena que as escolas públicas no Brasil ainda estejam muito arraigadas ao tradicional.

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