Olá, pessoal! Chegamos em mais um Dresa Entrevista! Essa semana teremos
uma super entrevista com o autor Felipe Saraiça! Antes de começar a entrevista,
vamos conhecer um pouco do autor?
Felipe é estudante de psicologia e mora
atualmente em Niterói. Com 25 anos, assim como Renato Russo, já morou em tanta
casa que nem se lembra mais. É autor, participou de duas
Bienais do livro, tendo lançado a primeira obra de título "Palavras de
rua", em 2016, em São Paulo e a segunda, que se chama " Para onde vão
os suicidas?", no Rio de Janeiro, no ano de 2017. É um escritor que aborda
a realidade em seus livros e vê na literatura uma maneira de representar as
realidades invisíveis presentes na sociedade e dar voz para aqueles que não são
ouvidos.
Quem tiver interesse em adquirir um dos seus livros
ou de conversar um pouco mais com o autor, basta entrar em contato com suas
redes sociais.
1. Para começar, vamos
falar de você: Felipe por Felipe, como você se define?
Eu já quis ser
jogador de futebol, cantor, mas me encontrei verdadeiramente na escrita. Desde
então venho me encontrando e descobrindo um pouco mais.
2. A carreira de
escritor teve influência na sua escolha pela troca de curso na faculdade
(Felipe trocou jornalismo por psicologia)?
Na verdade, não. Eu
acredito que tudo acontece por algum motivo e assim foi com o jornalismo. Na
época de faculdade eu comecei a escrever e, através de um dos exercícios das
aulas, escrevi um conto de terror que consequentemente se tornou a minha
primeira publicação e me abriu as portas para o mundo literário.
3. Você vê na atual
crise que o mercado literário está passando, com o fechamento de grandes
livrarias, uma oportunidade para pequenas/médias editoras e autores
independentes crescerem?
Sim, com toda
certeza. Esse é o momento para que os escritores e pequenas editoras se unam e
criem novas maneiras de se conectar aos leitores e levar a literatura até eles.
Infelizmente muitas livrarias estão fechando, não por conta da falta de
leitores, mas por não terem se reinventado e buscado inovações que chamassem a
atenção de mais pessoas.
4. Seus livros abordam
temas normalmente tidos como tabus. É proposital a escolha desses temas?
É sim. Meu objetivo
é, através de meus livros, dar voz a esses assuntos e poder mudar um pouco a
visão dos leitores a respeito desses temas.
5. Por que escrever
sobre um morador de rua?
Eu tinha um blog,
onde buscava contar histórias de pessoas comuns e que encontramos no nosso
cotidiano. Entre esses encontros, conheci Maria, uma moradora de rua. Seu
sorriso me chamou a atenção, porque ele contrastava com toda a vida sem cor ao
qual ela vivia. Então, depois de uma longa conversa, perguntei sua história,
mas ela se recusou a contar, pois lhe entristecia. Eu não insisti, mas decidi
criar um livro em sua homenagem e em homenagem a todas essas pessoas invisíveis
e histórias que não são contadas.
6. O quão difícil foi
falar sobre suicídio de maneira leve e consciente? Sofreu algum tipo de
preconceito por conta do tema?
O suicídio em si é
um assunto complicado de ser dito, pois ele traz consigo diversos tabus e
pré-conceitos. Por isso eu busquei, não só fazer muitas pesquisas sobre o tema,
mas trazer um olhar mais humano sobre essas pessoas. Mas preconceito eu não
sofri não, somente algumas pessoas que tiveram um certo receio em ler o livro
por conta do tema.
7. Cite alguma
situação inusitada que já passou por conta do título dos seus livros
Ah, tem uma que
acontece sempre nos eventos. Algumas pessoas, geralmente senhoras religiosas,
passam pelo meu livro e dizem “Para o inferno. É para lá que os suicidas vão”.
8. Você acredita que a
Literatura pode transformar vidas? Se sim, de que forma?
Com certeza. Em
minha opinião a literatura tem um aspecto social muito forte, pois ela pode dar
voz a pessoas que não são ouvidas, além de fazê-las se sentir representadas.
Dessa forma, o livro pode também mudar a visão do leitor, fazê-lo questionar
determinados assuntos e, a partir da leitura, ter uma visão diferente e fazer
com que o que aprendeu através da história vá além das páginas do livro.
9. Você pensa no lado
comercial na hora de escrever um livro ou no lado emocional?
Eu tenho um pouco mais de dois anos de experiencia
no mercado literário e isso me ajudou a compreender melhor como ele funciona.
Então, consequentemente, quando escrevo meus livros, uso desse conhecimento
para melhorar minhas histórias. Isso não quer dizer que eu escrevo histórias
unicamente para venda, mas que eu conheço meu público alvo, o mercado editorial
e uso desses conhecimentos para escrever os assuntos ao qual eu gosto de
escrever, mas sabendo que ele pode atingem pessoas e posteriormente gerar
vendas também.
10. Como é a sua rotina
de escrita? Possui algum hábito ou curiosidade?
Eu tento ter uma
rotina (e isso está em minhas metas para 2019), mas ultimamente ando criando o
animalzinho da procrastinação e acabo não escrevendo tanto quando deveria, mas
geralmente eu escrevo um capitulo por dia. Uma curiosidade é que, em
determinados diálogos ou gestos, eu falo ou faço como o personagem para ver se
realmente vai sair como eu pensei.
11. Seu primeiro livro,
"Palavras de Rua", em breve será lançado em filme. Conte um pouco
mais sobre isso e como você está se sentindo.
O filme foi uma
grata surpresa ao qual eu sequer podia imaginar. O Léo, diretor do filme, me
fez o convite um pouco antes do meio do ano e eu fiquei muito feliz, pois isso
era um sonho distante que eu tinha. Desde então temos trabalhado muito e eu
estou muito feliz com todo o processo. É um sonho.
12. Você só pode
indicar um livro seu para leitura. Escolha um trecho e explique o motivo de
indicar esse livro.
“Porque o lar
Nem sempre é um lugar.
É um alguém
Que te abriga e não cobra aluguel”
- Palavras de rua
Nem sempre é um lugar.
É um alguém
Que te abriga e não cobra aluguel”
- Palavras de rua
É difícil escolher
somente um, mas “Palavras de rua” é meu orgulho por tudo que ele tem alcançado
e como tem mudado a visão dos leitores sobre a realidade dessas pessoas que
vivem em situação de rua e são tão marginalizados pela sociedade.
13. Deixe uma mensagem final para os leitores e
suas redes sociais para que possamos te encontrar:
Sejam sempre gentis. Nós nunca sabemos as
lutas diárias que as pessoas ao nosso redor estão passando.
Tanto meu Facebook, Twitter e instagram
são: Felipe Saraiça
Dresa Guerra é mãe de gatos e apaixonada por sorvete, chocolate e pela série Supernatural. A escritora alcançou grande sucesso na Internet por meio das plataformas Wattpad e Amazon. Desde 2016, a autora vendeu centenas de exemplares.
Dresa Guerra também está envolvida em atividades beneficentes. É professora de Inglês em uma ONG há treze anos, além de ser organizadora da União Literária, projeto que realiza ações em prol da promoção da Literatura Nacional e da transformação social. É organizadora do projeto “Abrace um autor nacional”.
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