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sexta-feira, 1 de junho de 2018

O sol que é igual para todos

      Se tem algo que é familiar a todos nós, este algo é o sol. Quente, luminoso, opressivo no verão, bem vindo no inverno. Todos conhecemos o sol, independentemente de como nos sentimos em relação a ele. Mesmo assim, ele está distante de todos nós. Há centenas de milhares de quilômetros de distância. E as experiências retratadas neste livro nos fazem sentir da mesma forma.
   Os 13 contos reunidos em “O sol na cabeça” contam histórias muito particulares de um rapaz, ou rapazes, morador de favela no Rio de Janeiro e como sua condição como negro, pobre e homem influencia nas mesmas. No entanto, por mais particulares que sejam, elas são comuns a todos nós. Não só por termos passados por algumas delas, seja em que papel for, mas também pela habilidade do autor de se colocar nestes mesmo diferentes papéis.
     Seja do grafiteiro, do assaltado, do perseguidor, do morador de bem ou do usuário de drogas, esses papeis se misturam e mostram a unidade de vivências distintas com que convivemos todos os dias. O que se demonstra também pela linguagem, que varia da mais coloquial a mais rígida em relação a norma culta.
    Assim, essa transitoriedade das diferentes formas de estar no mundo que podem ser encontradas nas grandes cidades brasileiras se concretizam neste livro e abrem os olhos do leitor para a experiência do outro. Algo que sempre é necessário para todos nós.


Autor: Geovani Martins
112 páginas
Editora Companhia das Letras

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