Hedpo Azevedo é professor de Inglês, Língua
Portuguesa e Literatura, formou-se, aos 20 anos, em Letras pela UNESP de Assis,
cidade onde reside e depois especializou-se em Educação, Ética, Valores e
Cidadania pela USP de Bauru, ambas no estado de São Paulo. Também coordenador
de projetos culturais, possui experiência com direção e roteiros de teatro.
Integra outras recentes antologias de gêneros variados e considera a escrita
uma libertação e um grito da alma. É apaixonado por estudos da linguagem,
semiótica e cultura pop.
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Lançamento de "E se eu disser que te amo". reprodução. |
Publiquei. Como surgiu a ideia do livro "E se eu disser que te amo"?
Hedpo
Azevedo. Eu estava em vias de
produzir um livro de dramaturgia, que é o tipo de texto com o qual tenho mais
experiência e identidade, quando tive a oportunidade de participar de uma
antologia de contos românticos, gênero que eu nunca tinha escrito. Então, eu
desenvolvi no formato de conto um enredo que já tinha esboçado e a aceitação da
publicação foi surpreendente! Em função disso, eu engavetei o projeto de
dramaturgia e comecei a escrever um romance policial. Mas também o adiei,
porque várias outras coisas insistiam em querer sair de mim a partir daquele
primeiro conto. Foi então que resolvi desenvolver a obra a partir dele.
P. Quais são suas influências na literatura?
H. Acredito ter fortes influências do Romantismo.
Mais precisamente do Ultrarromantismo Byroniano, sob as premissas do spleen, da melancolia, do mistério… De
um individualismo confessional por vezes até extremado do movimento… Há uma influência
forte de um sentimentalismo exacerbado. Identifico esse texto, também, com
características fortemente pertinentes ao Simbolismo, inclusive acredito ser
essa uma das características mais marcantes, o diferencial, eu diria, da obra.
P. Quais foram as dificuldades para escrever o livro "E se eu disser que te amo?"
H. Acredito que a dificuldade principal tenha sido
conceber o final logo após o conto inicial que servia de mote para os relatos
(visto que é um romance fora de padrões estruturais!) e somente por último o
meio… os fatos principais da história. Resolver quais influências, pessoas e
fatos da realidade seriam abordados também não foi tarefa fácil! Bem como
alegorizá-las e mantê-las no limiar da metáfora até o final da história.
Acredito, também, que falar de um problema tão sério como a influência da redes
sociais nas relações afetivas de uma forma leve mas ao mesmo tempo reflexiva
tenha sido delicado.
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Lançamento. reprodução. |
P. Quanto tempo você levou para a finalização da escrita da obra?
H. Aproximadamente três meses… tirando os
intervalos desde a publicação do conto até a entrega do texto. E
desconsiderando os lapsos criativos também.
P. O que te inspira a escrever mais?
H. O retorno das pessoas. Trabalho com teatro há
tempos e nele a resposta é diferente, imediata. Na literatura, a resposta é
mais pessoal, despida, íntima, atemporal. Me surpreende e encanta a identidade
das pessoas com o que eu produzi. Cada um a sua maneira: ou gostando da
estrutura, da forma do texto, ou se identificando com o referencial, com o
assunto, ao elogiarem a universalidade dele, por já terem passado por isso
igualmente ou de forma semelhante.
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