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terça-feira, 22 de outubro de 2019

Aprendendo a escrever com os melhores - Parte II - Margarete Prado

APRENDENDO A ESCREVER COM OS MELHORES

– PARTE 2 –


Por Margarete Prado

Continuando nosso papo de escritores que influenciam positivamente a nossa escrita, porque os bons escritores estão sempre aprimorando suas técnicas, somos eternos aprendizes. Sempre há algo novo para aprender. 

Vou começar pela escrita de narrativas amorosas, os romances de amor, ah, falar dos apaixonados sem ficar caindo nas mesmices, parece temática esgotada e sem maiores atrativos, que nos tempos atuais no Brasil só vende muito quando têm partes hots, grande estímulo para leitoras casadas e solteiras, viúvas e divorciadas, quem nunca leu um hot? 

Para quem gosta de história de amor, temos três grandes nomes. 

Nora Roberts, que já escreveu mais de cem romances de amor e ainda uma série, a famosa Série Mortal, com pseudônimo de J D Robb, com a famosa detetive Eve Dallas e seu famoso amante bilionário Roarke. A série tem 30 livros já traduzidos para o Brasil e mais 14 já publicados em inglês, ainda inéditos por aqui. E a autora continua escrevendo? Por que tanto sucesso? Ela conhece bem a famosa jornada do herói. 

Sabe as histórias da Marvel, de Star Wars? Pois é, a humanidade é viciada em heróis. Quer ter sucesso? Saiba construir seus heróis, caráter virtuoso, não teme nada, passa por terríveis provações e, depois da quase morte, o tempo da felicidade e recompensas. Pense em ler essa autora notando como ela foi construindo a heroína Eve Dallas, detetive policial do futuro, em meados do século XXI, em que a mulher tem autonomia para tudo e casa-se somente se quiser e aprenda como fazer romances em série com uma personagem que nunca se esgota e da qual seus leitores sempre querem mais. 

Na linha de Nora Roberts, indico também Diana Gabaldon, autora da série Outlander, que se tornou seriado famoso da Netflix, já com várias temporadas. A grande tirada da Diana é saber fazer idas e vindas no tempo, escrever histórias que se passam no passado, presente e futuro continua na moda e é sempre um prato cheio. Além dela, a famosa Maria Dueñas, escritora de mulheres empoderadas e incríveis, domina incrivelmente a técnica da jornada do herói, leiam e comprovem. 

No Brasil, temos nessa linha, a Thalita Rebouças e a Paula Pimenta, por que é mesmo que elas fazem tanto sucesso? Quer dizer que os livros delas são somente para meninas adolescentes cheias de sonhos e parafusos na cabeça? Nunquinha, comece a ler essas autoras, veja a estrutura de escrita delas e comece a perceber porque elas são bestsellers

Agora, meus conselhos para quem gosta de escrever fantasia, tá bom, para não jogar em cima de novos escritores a saga Senhor dos Anéis logo de cara, vocês podem começar com Harry Potter, Crônicas de Nárnia, A Bússola de Ouro, etc. Qual o grande segredo? Nem precisa escrever uma série de livros. 

Para a fantasia é necessário saber criar magia com suspense, fantasia só tem brilho quando a magia encanta, surpreende, inova, tem feitiços, superpoderes, coisas mágicas mesmo, tudo aquilo que não existe na vida real, mas a gente adoraria que existisse, o realismo mágico. 

Em Harry Porter e Nárnia havia portais para ir para outras dimensões ou mundos, ou mesmo o anel mágico que somente Frodo poderia guardar, a comunidade de elfos. Na grande saga de Game of Thrones, aquela muralha de gelo, os corvos, os mortos-vivos, dragões, pessoas com poderes especiais, maldades extremas, o escritor tem que saber criar o elemento mágico de forma coerente e convincente, que possa parecer ao leitor que seria totalmente normal se fosse real, se fosse possível existir. 

O mesmo ocorre para as distopias, narrativas apocalípticas, o elemento mágico, o desastre inevitável, e para aprender a criá-los é imprescindível ler grandes escritores. Começando dos mais simples para os mais elaborados e longos. Tudo é questão de treino e jamais de plágio, plágio é crime. 

Termino indicando que leiam sempre, pelo menos um conto por dia, de grandes contistas, Machado, lógico, sei que estou sendo repetitiva, mas Machado é Machado, depois outros grandes contistas como Guimarães Rosa, Lígia Fagundes, Anton Tchekov, Guy de Maupassant (francês incrível do final do século XIX). Também Edgar Allan Poe não pode faltar e não poderia esquecer de indicar a leitura de Antologias das mais variadas temáticas, que agora são dezenas de lançamentos pelo Brasil, ótimas. 

Tem muito mais gente para mencionar, mas teremos muitos outros bate-papos literários, crie sua rotina de escrita lendo bastante, tirando pelo menos uma hora de leitura por dia e, boa sorte, eternos aprendizes.


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