LITERATURA E OUTRAS ARTES: UMA REFLEXÃO
Por Maleno Maia
Até que ponto a literatura estrangeira influencia em nosso modo de ser, de se comportar e de estabelecer hábitos que abrangem nosso dia-a-dia? Essa é uma pergunta que me ficou como uma indagação. Em algumas ocasiões, esse persamento permeia a minha mente, em busca de uma resposta
que é até simples, mas não nos damos muito conta. E não falamos só da literatura, mas também da
música, dos filmes, das marcas de comida, roupas, sapatos, etc... De toda uma cultura geral.
Uma coisa que sempre considero e friso é: que o que está longe é sempre mais bonito, mais deslumbrante, cria-nos um fascínio como algo quase inalcançável e implacável, levando em consideração que temos uma cultura de que tudo que almejamos é conquistado com muita dificuldade e esforço, e isso acaba sendo atribuido a todos os aspectos da vida.
Fico pensando como a gente se apaixona facilmente por “personagens”, digo os personagens da vida real, que estão na TV, nos jornais, nas revistas, e aqueles, sobretudo, que incursam com fotos de ostentação em suas redes sociais, a fim da busca das curtidas. É aquela coisa: o tal “personagem é as vezes um artista de renome, muito longe do meu alcance, num patamar que nunca vou chegar e nem sequer conheço alguém que chegue. A eles transfirimos um sentimento de semideuses, como se não fossem de carne e osso.
Particularmente, eu reconheço grandes escritores que estão próximos de mim, de mentes pensantes, diferentemente daquele “personagem” que está longe, que, por imensas ocasiões, nunca trocamos palavras; não conheço de sua vida pessoal, que muitas das vezes é cheia de confusões e intrigas e mesmo assim continuamos a adorá-los, em um sentimento quase cego e pouco palpável que até hoje busco entender com mais profundidade. Mas há o contrário também, não é? Tem gente que também diz que odeia tal sujeito, mas sem um motivo aparente.
Odeia pela prática de odiar e pronto. Isso que estou expressando é levando em consideração os artistas de forma geral, mas em algumas linhas dei ênfase a escritores.
E também há aquela questão; muito importante, por sinal – Mas os livros dele são maravilhosos!
As vezes nem é tanto assim, mas a lógica tende a buscar em nosso íntimo que sucesso esteja atrelado a qualidade literária. Nunca parou para pensar que às vezes nos deslumbramos muito mais pelo “personagem real” do que com a propria escrita?
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Insta: @manoel_flor12
Eu me apaixono fácil por personagens como o Hercule Poirot, dos romances policiais da Agatha Christie, que morri de chorar quando morreu como se existisse de verdade. E sou apaixonada até hoje pelo Darcy de Orgulho e Preconceito e é apaixonada, da Jane Austen
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