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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Colunas Literárias: O grito na literatura

É HORA DE REVERBERAR!


Por Maleno Maia

Não é de se contestar que, geralmente, quem trabalha com literatura, busca, também, o viés de relatar fatos ou assuntos relevantes com o intuito de mostrar uma visão mais crítica da realidade. 

Cada escritor tem o seu método subjetivo de ser e transfere isso para os seus textos, mas nada lhe tira o mérito de ser imparcial nas ideias as quais defende. Alguns autores, por meio até mesmo da ficção, não ficam isentos de serem críticos ou denunciantes, sendo que, às vezes essa é a melhor forma que  usam para reverberar situações que necessitam ir a público. 

Não podia deixar de mencionar, contudo, que muitos livros foram proibidos em épocas obscuras na História, em que a censura era dominada por meio de governos ditadores, lembrando que ela pode ter conotações diferentes dependendo da época em que é vivida. 

O que seria ditadura, na verdade? 

Seria o uso exagerado da violência como arma para coibir uma parcela da população que não se enquadra aos (pre)conceitos defendidos pelos governantes? 

Para essa resposta, creio que ditadura não reflete apenas em atos de violência como uma grande arma, mas também em uma forma subscrita, subjetiva e intensa da busca do poder por meio da ascensão de um cargo, seja ele político ou não. Não posso deixar de mencionar que o que ocorre com a política brasileira é isso: a trajetória pelo exercício do poder, sumariamente. E eis que nós, eleitores, ao invés de cobrarmos os dirigentes, que trabalham para nós, passamos a idolatrá-los. Somos maiores que eles, portanto é de nossa responsabilidade que os cobremos. Repetindo: governantes devem ser cobrados e não idolatrados. 

Mas a ideia do texto não é entrar em questões políticas, mas apenas ressaltar que um ser pensante não se limita ao senso comum, acreditando ser normal alguns usarem de métodos pouco ortodoxos para se promover. 

Ser ditador é retroceder às vezes, é querer calar aqueles que, vagarosamente, foram ganhando um espaço com muito custo. Não podemos deixar essas vozes se calarem, serem oprimidas diariamente. O papel da educação, da literatura, é levar qualquer nação a evoluir em todos os aspectos. Mas infelizmente, essas são coisas pouco valorizadas no Brasil. Faço aquela pergunta que não quer calar. E de quem é a culpa? Apenas daquele que você idolatra ou repudia? 

Transferindo o foco para outro assunto, a literatura também tem o papel de realizar campanhas, de intervir e promover ações que levam à sociedade o conhecimento de causas. Todas essas questões coloco em pauta, pois quanto mais se lê, mais informações temos e maior é a gana em buscar embasamento no assunto no qual queira se aprofundar.

Livros de teor filosófico, por serem responsáveis em fazer as pessoas pensarem, foram limitados. Será que nesse momento negro, de censura, isso passará a se repetir disfarçadamente? Diante de um panorama geral de nossa História, a educação vem definhando cada vez mais, e ninguém parece fazer nada para impedir; afinal, não podemos retroceder, não podemos nos calar, a vida é feita para perseverar.



Encontre o autor em:

facebook.com/manoel.santos.167
Instagram: @manoel_flor12

3 comentários:

  1. Caro Maleno
    Como educadora o seu texto completa a minha opinião sobre o fazer pensar. Levar adolescentes a desenvolver esse potencial está muito difícil.
    Como antologista, o subjetivismo literário me leva a questionamentos. Para onde estamos indo? Que direção tomar quando vejo o declínio de um país que tem tudo para ser excepcional, mas é mal administrado. A palavra ditadura assusta, no entanto você a colocou de forma clara e, lógico, a literatura nos leva a eufemismos, mas a sua contextualização foi perfeita.

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  2. Confesso que li o texto pensando que ia falar do papel da Literatura em nossas vidas, mas o texto, apesar do cunho exclusivamente político, menciona algo que rende várias outras colunas: "um ser pensante não se limita ao senso comum". É pano pra manga, bjos da Maga

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