O MELHOR DO ROMANCE POLICIAL NO BRASIL
Por Margarete Prado
Estava olhando uma biblioteca e me deparei com um nome que ainda não tinha visto: Raphael Montes. Peguei o livro na hora, porque o título me chamou muito a atenção – "Suicidas" – achei que era mais um livro falando da onda de suicídios que assola a juventude brasileira e como combater a depressão, ledo engano.
Comecei a folhear, mas não era um livro de autoajuda como imaginei ao ver a capa, era um romance.
Uma história sinistra de um grupo de 9 jovens que foram encontrados mortos, após brincar de roleta russa. Aquilo me atingiu em cheio.
Já participei de uma Antologia sobre suicídio, denominada Cicatrizes da Alma (conheça mais sobre essa antologia em: http://www.publiqueionline.com/2018/10/setembroamarelo-uma-iniciativa-pensada.html), e esta temática me é muito cara e cala fundo no coração. Assim, decidi pesquisar sobre o autor.
Descobri que Raphael Montes nasceu no Rio de Janeiro, em 1990. Fez graduação em Direito e usou as aulas e os crimes analisados para inspirar seus mistérios, contos e crônicas policiais.
Sua primeira obra “O sorriso do homem mau e outros contos policiais” traz histórias que nos surpreendem com um arrepio na espinha, super bem escritas, cada narrativa é um soco no estômago do leitor.
Suicidas, seu romance de estreia, foi finalista do 1º Prêmio Benvirá de Literatura, em 2010.
Antes mesmo de aparecer aquele terrível jogo da baleia azul, levando jovens a tirar a própria vida e assustando e machucando tantos pais e famílias, e antes até mesmo que o seriado da Netflix "13 Razões porquê" fizesse tanto sucesso com duas temporadas, envolvendo discussões polêmicas em todas as redes sociais, Raphael Montes, ainda com 22 anos somente, já tratava do tema do suicídio entre jovens, com a ousadia que virou sua marca registrada.
No romance "Suicidas", que a Companhia das Letras relançou em 2017, acrescido de um novo capítulo, o leitor ou leitora se vê diante da história de Alê e seus colegas, jovens da elite carioca, ricos, encontrados mortos no porão do sítio de um deles, em condições misteriosas, indicando que os nove amigos participaram de um perigoso e fatídico jogo de roleta russa. Aos que permanecem vivos e têm que continuar vivendo cada dia, resta investigar para descobrir o que teria levado aqueles adolescentes, aparentemente felizes e privilegiados, a tirar a própria vida.
Raphael Montes, além de "Suicidas", escreveu os romances "Dias Perfeitos", "O vilarejo" e "Jantar Secreto", sucessos de público e de crítica, com os direitos de adaptação vendidos para o cinema.
O primeiro e o último trabalho citados foram traduzidos para mais de vinte países. Atualmente, Raphael assina uma coluna semanal em O Globo, apresenta o Trilha de Letras, programa sobre literatura na TV Brasil, e escreve roteiros para cinema e televisão e você pode visitar o site dele em: www.raphaelmontes.com.br
Após ler seu primeiro livro, Scott Turow, um dos autores policiais de maior prestígio no mundo, disse que Raphael está “entre os mais brilhantes ficcionistas jovens” da atualidade. “Ele certamente redefinirá a literatura policial brasileira e vai surgir como uma figura da cena literária mundial.”
Recomendo a leitura dos romances de Raphael Montes e todos os meus leitores, eu mesma já adquiri todos os romances e já li dois. Vamos lá.
Encontre a autora em:
Facebook: Margarete Edul Prado
Insta: @margareteprado6280
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