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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Colunas Literárias: Nova paixão, velho concretismo

Nova paixão, velho concretismo


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Por Elza Helena


Ao falar em poesia, algumas pessoas lembram, imediatamente, dos mais belos sentimentos e paixões sublimes. Nomes memoráveis de grandes poetas que nos presentearam com versos inesquecíveis. 

Embora, a cada dia novos poetas apareçam com novos estilos que impressionam pela criatividade e inovação como, por exemplo, a Aldravia e o Tautograma, estilos, ao meu ver, desafiadores e encantadores. 

Há algum tempo despertei a curiosidade por um modelo um pouco antigo, porém não menos atual que os demais: a poesia concreta. Só para relembrar, a caráter histórico, o Concretismo foi um movimento artístico e cultural que começou na Europa e chegou ao Brasil na década de 50, acredito que criando uma espécie de “revolução” literária nos poemas habituais, pois com a poesia se conseguiu romper com as estruturas dos textos longos e cansativos, trazendo uma nova maneira de transmitir ao leitor suas ideias, estimulando a curiosidade, a observação, a percepção, a imaginação e ampliando assim um universo de descobertas e fantasias. O Eu (lírico) ficou de fora dos versos e o Outro (leitor) era o alvo. Uma poesia curta, porém objetiva. 

Uma das características da poesia concreta é desestruturar os versos utilizando o espaço do “papel” de maneiras diferentes de baixo para cima, lateralmente, espiral... A intenção é realmente causar impacto através da aparência gráfica, da fonte utilizada, dos aspectos fonéticos, da linguagem verbal abstrata, aspectos que deixam o leitor livre para a interpretação. O ponto chave está justamente no impacto visual. 

Pretendo me aprofundar na poesia concreta e quem sabe experimentar algumas composições. No momento me contento em apreciar as obras dos precursores da poesia concreta no Brasil, Décio Pignatari, os irmãos Augusto e Haroldo de Campos. 

Vale a pena conferir!


Encontre a autora em:

Facebook: Elza Helena
Insta: @elzahelenarodrigues

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