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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Colunas Literárias: Cinema e Literatura

O cinema como ferramenta para estimular a leitura


Por Roberta Costa 

“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.” 

Carlos Drummond de Andrade

A leitura não apenas entretém e estimula a criatividade de forma saudável como também desenvolve o senso crítico e o poder de reflexão, desenvolvendo assim, habilidades essenciais para a vida escolar, pessoal e profissional do ser humano. 

Quanto mais cedo o interesse pela leitura for despertado nas crianças e nos jovens, mais proveitoso será. Contudo, sabemos que, nem sempre isso é uma tarefa fácil, já que, muitas vezes, impor tal hábito pode ter efeito contrário, causando aversão ao ato. 

Para facilitar essa tarefa, temos uma ferramenta que, hoje, na era audiovisual, ajuda bastante: o cinema. Por exigirem menos tempo de concentração, os filmes acabam caindo no gosto da grande parte dos jovens e crianças. As adaptações literárias também se apresentam como ótimos mecanismos para despertar o interesse pelo mundo dos livros. 

Deixo aqui alguns exemplos de filmes que podem auxiliar a despertar o interesse na leitura: 

1. Sociedade dos Poetas Mortos (1989): Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos". 

2. O Menino do Pijama Listrado (2008): Alemanha, Segunda Guerra Mundial. O menino Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista (David Tewlis) que assume um cargo importante em um campo de concentração. Sem saber realmente o que seu pai faz, ele deixa Berlim e se muda com ele e a mãe (Vera Farmiga) para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança com a idade dele. 

Os problemas começam quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel (Jack Scanlon), um garoto de idade parecida, que vive usando um pijama listrado e está sempre do outro lado de uma cerca eletrificada. A amizade cresce entre os dois e Bruno passa, cada vez mais, a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam. 

3. A Menina que Roubava Livros (2013): Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson) e brinca com a amigo Rudy (Nico Liersch). 

4. O Contador de Histórias (2009): Anos 70. Aos 6 anos Roberto Carlos Ramos (Marco Ribeiro) foi escolhido por sua mãe (Jú Colombo) para ser interno em uma instituição oficial que, segundo a propaganda, visava a formação de crianças em médicos, advogados e engenheiros. Entretanto a realidade era bem diferente, o que fez com que Roberto aprendesse as regras de sobrevivência no local. Pouco depois de completar 7 anos ele é transferido, passando a conviver com crianças até 14 anos. Aos 13 anos, ainda analfabeto, Roberto tem contato com as drogas e já acumula mais de 100 tentativas de fuga. 

Considerado irrecuperável por muitos, Roberto recebe a visita da psicóloga francesa Margherit Duvas (Maria de Medeiros). Tratando-o com respeito, ela inicia o processo de recuperação e aprendizagem de Roberto. 

5. Central do Brasil (1998): Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que escreve - as cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais -, ela decide ajudar um menino (Vinícius de Oliveira), após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste. 

Busque fazer com que a aquisição do hábito de leitura nos mais jovens seja algo prazeroso, oportunizando ótimos momentos juntos e aproveitando para se tornarem mais próximos. 
Bom filme!

Encontre a autora em:

Facebook: Roberta Costa
Insta: @livros.da.beta

Um comentário:

  1. Oie! O cinema tem a capacidade de mostrar visualmente o que criamos na nossa mente! Ótimo texto!

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