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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Colunas Literárias: Cinco mitos que enredam os escritores

CINCO MITOS QUE ENREDAM OS ESCRITORES


Por Margarete Prado


Todos nós escritores temos vários receios na hora de começar a escrever. Quem neste mundo, por mais corajoso que seja, pode afirmar que não existe nada que lhe dê medo? Um dia a coisa que te apavora sempre aparece. E não é diferente com o ato de escrever, ainda mais quando se trata de escrita criativa, a arte de fazer poemas, contos, novelas, romances, crônicas e cartas é exigente como qualquer outra arte e sempre suga até o sangue de seus artesãos. 

Em que nível de escrita você se encontra? Ainda esperando o melhor momento de começar? Já tem um cantinho preferido e escreve mil palavras por dia? Acumula livros e o notebook ao lado do travesseiro e escrevem como rotina e conforme aparece alguma ideia? Bem, o importante é sempre querer melhorar, aceitar ideias novas e ir incorporando novas técnicas. 

Aqui entramos em alguns mitos que atrapalham e até acabam com a carreira de um bom escritor e nós precisamos estar atentos. Na verdade, não tem um número certo de mitos, eu acho, mas desde de que comecei a escrever ficção, eu antes só escrevia ensaios científicos, como professora e pesquisadora de universidade federal, desde meu primeiro conto tenho me visto diante de ciladas, medos, e o que vou agora chamar de mitos que assustam todos os escritores, alguns mais, outros menos, alguns só enfrentem um ou outro, mas eles existem: 

O primeiro mito que podemos citar é a ESPERA para começar.

Tem muita gente que sonha em ser escritor, mas nunca se resolve a começar, ficam presas pelo mito de que existe uma hora certa de começar a escrever. Ah, vou começar meu romance quando aposentar, quando meu filhos estiverem criados. Eu quero escrever um conto, mas deixa chegarem minhas férias que eu vou escrever. 

A pessoa nunca se sente pronta e vai adiando com novas desculpas aquilo que sente inapto para fazer. Não existe momento certo para começar a escrever. Escrever é igual comer e coçar, é só começar. Para estar pronto, é preciso começar somente. Você só faz contos e vive adiando seu primeiro romance? Pense nisto, a vida é curta. Escrever é enfrentamento e entrega, não há tempo a perder. Escreva agora. 

O segundo mito se refere ao isolamento. 

Todo escritor acredita que escrever é um ato solitário, ledo engano. Primeiro, que você sempre escreve para alguém ler, a partir disso, assumimos um diálogo. Escritores se isolam por medo de suas ideias serem roubadas, por timidez, por medo de perder a inspiração ou a concentraçãoMas de fato, todo livro faz parte de um todo maior, de um conjunto que envolve tanta gente, revisores, editores, diagramadores, capistas, leitores betas, um universo de gente e você ainda acha que está sozinho. 

Terceiro mito que ronda avida do escritor é a impaciência

Quando começamos a escrever sofremos pela ansiedade de publicar, de ver tudo pronto, de ser reconhecidos, dos amigos elogiarem, de aparecer em alguma resenha, de sermos entrevistados. Calma, a carreira de escritor exige persistência e muita paciência. O ideal é, antes de tudo, adquirir consistência, conquistar leitores. Pense todo dia em estratégias de conseguir mais leitores. Ter público é tudo. Publicar é fácil, difícil é conseguir público. Pense nisso. 

O quarto mito de nossas vidas é a eterna mania de ser romântico

A maioria começa escrevendo poemas melosos e falando de amor, conheço gente que tem dezenas de livros que só falam de amor, coisas melosas, luar, beijos, amantes, sem sair da mesmice e sem nenhuma inovação ou valor estético. Gente, escrever não é ser romântico, meloso e dramático em tudo. Não se pode ter medo de escrever terror, ficção científica, policial, hot, violência doméstica, assassinato, escrever a coisa nua e crua, como o excelente romance da escritora Rô Mierling da moça escrava. 

Por último, mas não menos importante, o quinto mito: a Ignorância. 

Ninguém nasce sabendo nada, somos todos eternos aprendizes. O problema não está em não saber, mas em achar que você já sabe. Existem 2 tipos de pessoas, as que não sabem, as que sabem e ensinam; e o pior tipo: as que pensam que sabe. Estas pessoas nunca estão dispostas a aprender e não evoluem, não saem no mesmo lugar e morrem medíocres.


Encontre a autora em:

Facebook: Margarete Edul Prado
Insta: @margareteprado6280

Um comentário:

  1. 💜 Que texto mais lindo e elucidativo Maga! Queria tê-lo lido a 10 atrás! Teria escrito muito mais! :)

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