Olá, pessoal!
Esse mês nosso entrevistado é o autor e ilustrador Felipe Campos! Vamos conhecer
um pouco do trabalho incrível que ele faz?
Minibio: Escritor
e ilustrador com trabalho voltado para a ilustração infantil, Felipe Campos é
graduado em Gravura e especialista em Literatura infantil e juvenil, ambos os
cursos ministrados pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Pesquisa monstros assustadores e histórias de terror para
crianças em seus trabalhos autorais e já fez exposições em livrarias e
bibliotecas populares com obras que discutem a importância do medo e também
como podemos enfrentá-lo.
1) Antes de começar, vamos ao mais importante: Felipe por Felipe, como você
se define?
Escritor e
ilustrador de literatura para crianças e jovens e autor de livros de terror.
2) Como
iniciou sua carreira de escritor?
Em 2008 com o
conto "Uz" em uma coletânea do VII Concurso municipal de conto
promovido pela Prefeitura de Niterói. É uma história adulta e recebeu menção
honrosa.
Em 2012 o
conto infantojuvenil "Hora do jantar" foi publicado na antologia
"Histórias para ler e sonhar" (Litteris editora). Só depois, em 2015,
com "O pequeno caderno de pesadelos" (MAR DE IDEIAS Navegação
Cultural), que lancei um livro só meu, texto e ilustrações.
3) Seu foco é o terror para crianças. O que te levou a escolher esse tema para trabalhar? Encontra muita resistência por parte dos pais?
Assustar
crianças é muito divertido, mas não é o principal no terror voltado para o público
infantil. O terror me possibilita tratar de assuntos espinhosos de forma lúdica
e sempre tenho a preocupação de mostrar que somos mais fortes que os nossos
problemas. Gosto de falar sobre medo, mas também sobre coragem e como podemos
resolver nossos problemas.
Gosto de dizer que o livro encontra o leitor, e meus leitores gostam bastante de histórias assustadoras. Por sorte a maioria dos pais não se importa, acha legal a criança já ter um gosto tão específico, mas claro que já tive que explicar muitas vezes que o terror pra crianças não é o mesmo que o do adulto... O terror de forma geral sofre muito preconceito.
Gosto de dizer que o livro encontra o leitor, e meus leitores gostam bastante de histórias assustadoras. Por sorte a maioria dos pais não se importa, acha legal a criança já ter um gosto tão específico, mas claro que já tive que explicar muitas vezes que o terror pra crianças não é o mesmo que o do adulto... O terror de forma geral sofre muito preconceito.
4) Você
realizou recentemente um financiamento coletivo para publicação de uma de suas
obras. Acha que esse é um caminho para quem quer começar a publicar, mas não
tem como investir? Sei que é um assunto bem complexo, mas conseguiria
ressaltar três pontos positivos e três pontos negativos?
Importante dizer que é interessante ter público em redes sociais ou em feiras literárias pois são essas pessoas que ajudarão financeiramente eu compartilhando as informações sobre o projeto. Ter o relacionamento próximo com o público não te dá 100% de certeza de financiamento, mas facilita na hora de fazer a campanha. Planejamento também é essencial.Estamos no momento do artista independente, mesmo que o sonho seja publicar por uma grande editora. Sabemos que elas estão procurando aqueles que já têm seguidores o bastante que assegurem a boa venda dos exemplares. Alimentar as redes sociais nunca é perda de tempo! Bem, os pontos:
Importante dizer que é interessante ter público em redes sociais ou em feiras literárias pois são essas pessoas que ajudarão financeiramente eu compartilhando as informações sobre o projeto. Ter o relacionamento próximo com o público não te dá 100% de certeza de financiamento, mas facilita na hora de fazer a campanha. Planejamento também é essencial.Estamos no momento do artista independente, mesmo que o sonho seja publicar por uma grande editora. Sabemos que elas estão procurando aqueles que já têm seguidores o bastante que assegurem a boa venda dos exemplares. Alimentar as redes sociais nunca é perda de tempo! Bem, os pontos:
Positivos:
você fica responsável por todo o processo, te deixa mais próximo do público,
você conhece melhor o estilo do leitor que você quer alcançar
Negativos: o período da campanha é muito cansativo, ter que brigar com os algoritmos, ouvir respostas negativas meio agressivas de vez em quando.
Negativos: o período da campanha é muito cansativo, ter que brigar com os algoritmos, ouvir respostas negativas meio agressivas de vez em quando.
5) Além de escritor, você é professor e ilustrador. Como você equilibra todas as tarefas?
Tenho um
quadro onde eu escrevo os prazos, meus dias de aula e também os eventos que me
comprometi a participar. Vejo o que está mais em cima da data de entregar e
procuro me organizar. infelizmente ainda não tenho como fazer tudo que eu
quero, mas sinto falta de mais tempo para os projetos pessoais.
6) Durante o
mês de outubro, você realizou uma importante exposição na Biblioteca Parque no
Centro do RJ. Poderia nos contar um pouco sobre ela?
Não é só realizar uma exposição, mas tomar os espaços que são nossos com qualquer forma de manifestação artística. Claro que foi uma forma de divulgar o meu trabalho, mas, com a desvalorização cada vez maior de artistas e fechamento de locais de cultura, se faz mais que necessário expormos o que fazemos de melhor seja escrita, desenho, canto ou dança. Não importa. Acredito que arte e educação fossem tratadas como investimento nosso país não estaria nessa situação em que se encontra.
Não é só realizar uma exposição, mas tomar os espaços que são nossos com qualquer forma de manifestação artística. Claro que foi uma forma de divulgar o meu trabalho, mas, com a desvalorização cada vez maior de artistas e fechamento de locais de cultura, se faz mais que necessário expormos o que fazemos de melhor seja escrita, desenho, canto ou dança. Não importa. Acredito que arte e educação fossem tratadas como investimento nosso país não estaria nessa situação em que se encontra.
Ah, a
exposição! Foram 42 trabalhos com a temática de horror para crianças e jovens,
ilustrações produzidas para livros e outras especialmente para a exposição.
7) É notável que o mercado literário passa por uma de suas piores crises. Como fazer para conseguir se manter a salvo, mesmo em meio a crise?
Acho que
manter-se salvo é privilégio para poucos, dá pra contar nos dedos de uma mão.
Mas mercado do livro sempre estará em crise enquanto as pessoas acharem um livro
de R$40,00 caro, mas ok pagar em várias prestações um tênis ou um celular. O
mercado de tempos em tempos se "reinventa" lançando um livro pra
colorir, um auto-ajuda ou a biografia de um youtuber, mas a briga dos pequenos
contra os grandes, por exemplo, sempre vai existir também... A cadeia é enorme
e vários fatores influenciam, muitas editoras e livrarias fecharam. Vou
insistir na tecla de que educação e arte são investimento e também na formação
de um público leitor. Infelizmente vemos professores que não são leitores,
então o que esperar de alunos desses profissionais? A mudança virá com o tempo,
mas só acontecerá se plantarmos as sementinhas.
8) Você já
teve livro publicado por editora, de maneira independente e por financiamento
coletivo. Diante da sua experiência em publicação, qual método você indicaria
para um autor iniciante? Poderia nos explicar o motivo de sua escolha?
Por editora
tradicional. Claro que não estou generalizando, mas sei de casos que as editoras
que cobram para publicar só fizeram serviço de ISBN e gráfica, não revisaram,
não distribuíram... Aí o autor ficou perdido sem saber o que fazer com os
livros. As editoras tradicionais, mesmo com toda a dificuldade, cuidam do
texto, pesquisam, sabem onde podem ir. E eu recomendo muito as editoras menores
pois o tempo de produção é outro e a relação é muito mais tranquila. Deixe o
financiamento pra quando tiver público e for mais safo com as questões do
mercado.
Pergunta muito
difícil! Todos têm histórias diferentes e encontram e emocionam leitores
diferentes... Mas se tivesse que escolher hoje seria o álbum "Artur e os
medos" porque foge totalmente do quesito terror, mas é o livro onde eu
mais remexo questões internas (não minhas, pois não é um livro autobiográfico)
e é o trabalho mais delicado de todos por enquanto. Falo de insegurança,
tristeza, solidão, luto, abandono, separação e tantas outras coisas ruins de
forma direta, mas também leve, na medida do possível. O Artur representa tudo
que eu falo sobre enfrentar dificuldades e fico feliz de ter criado esse
personagem.
10) Para
finalizarmos, gostaria que você deixasse o seu recado para os leitores, além de
dizer onde podemos encontrar suas obras e falar com você:
Falem sobre seus livros preferidos para seus amigos e andem sempre com um livro na bolsa ou mochila. Leitura faz a gente se divertir, mas também se questionar! E claro, fiquem ligados nos meus próximos lançamentos (risos)
Vocês me encontram facinho, facinho no
Falem sobre seus livros preferidos para seus amigos e andem sempre com um livro na bolsa ou mochila. Leitura faz a gente se divertir, mas também se questionar! E claro, fiquem ligados nos meus próximos lançamentos (risos)
Vocês me encontram facinho, facinho no
instagram: @felipe.frcampos
facebook https://www.facebook. com/felipecampospagina/
twitter: @Campos_Felipe
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Dresa Guerra é mãe de gatos e apaixonada por sorvete, chocolate e pela série Supernatural. A escritora alcançou grande sucesso na Internet por meio das plataformas Wattpad e Amazon. Desde 2016, a autora vendeu centenas de exemplares.
Dresa Guerra também está envolvida em atividades beneficentes. É professora de Inglês em uma ONG há treze anos, além de ser organizadora da União Literária, projeto que realiza ações em prol da promoção da Literatura Nacional e da transformação social. É organizadora do projeto “Abrace um autor nacional”.
Facebook: https://www.facebook.com/autoradresaguerra/
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Email: autoradresaguerra@gmail.com
Wattpad: https://www.wattpad.com/user/DresaGuerra
Muito legal essa iniciativa! Fiquei bem curiosa em relacao aos trabalhos do autor 😍
ResponderExcluirGostaria de ver a autora Nahra Mestre ou autor John Milers que lançou "como sobreviver ao apocalipse zumbi com sua mãe"