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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Dresa Entrevista: Felipe Campos


Olá, pessoal!

Esse mês nosso entrevistado é o autor e ilustrador Felipe Campos! Vamos conhecer um pouco do trabalho incrível que ele faz?


Minibio: Escritor e ilustrador com trabalho voltado para a ilustração infantil, Felipe Campos é graduado em Gravura e especialista em Literatura infantil e juvenil, ambos os cursos ministrados pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Pesquisa monstros assustadores e histórias de terror para crianças em seus trabalhos autorais e já fez exposições em livrarias e bibliotecas populares com obras que discutem a importância do medo e também como podemos enfrentá-lo.




1) Antes de começar, vamos ao mais importante: Felipe por Felipe, como você se define?
Escritor e ilustrador de literatura para crianças e jovens e autor de livros de terror.



2) Como iniciou sua carreira de escritor?
Em 2008 com o conto "Uz" em uma coletânea do VII Concurso municipal de conto promovido pela Prefeitura de Niterói. É uma história adulta e recebeu menção honrosa.
Em 2012 o conto infantojuvenil "Hora do jantar" foi publicado na antologia "Histórias para ler e sonhar" (Litteris editora). Só depois, em 2015, com "O pequeno caderno de pesadelos" (MAR DE IDEIAS Navegação Cultural), que lancei um livro só meu, texto e ilustrações.


3) Seu foco é o terror para crianças. O que te levou a escolher esse tema para trabalhar? Encontra muita resistência por parte dos pais?
Assustar crianças é muito divertido, mas não é o principal no terror voltado para o público infantil. O terror me possibilita tratar de assuntos espinhosos de forma lúdica e sempre tenho a preocupação de mostrar que somos mais fortes que os nossos problemas. Gosto de falar sobre medo, mas também sobre coragem e como podemos resolver nossos problemas.
Gosto de dizer que o livro encontra o leitor, e meus leitores gostam bastante de histórias assustadoras. Por sorte a maioria dos pais não se importa, acha legal a criança já ter um gosto tão específico, mas claro que já tive que explicar muitas vezes que o terror pra crianças não é o mesmo que o do adulto... O terror de forma geral sofre muito preconceito.


4) Você realizou recentemente um financiamento coletivo para publicação de uma de suas obras. Acha que esse é um caminho para quem quer começar a publicar, mas não tem como investir? Sei que  é um assunto bem complexo, mas conseguiria ressaltar três pontos positivos e três pontos negativos?
Importante dizer que é interessante ter público em redes sociais ou em feiras literárias pois são essas pessoas que ajudarão financeiramente eu compartilhando as informações sobre o projeto. Ter o relacionamento próximo com o público não te dá 100% de certeza de financiamento, mas facilita na hora de fazer a campanha. Planejamento também é essencial.Estamos no momento do artista independente, mesmo que o sonho seja publicar por uma grande editora. Sabemos que elas estão procurando aqueles que já têm seguidores o bastante que assegurem a boa venda dos exemplares. Alimentar as redes sociais nunca é perda de tempo! Bem, os pontos:
Positivos: você fica responsável por todo o processo, te deixa mais próximo do público, você conhece melhor o estilo do leitor que você quer alcançar
Negativos: o período da campanha é muito cansativo, ter que brigar com os algoritmos, ouvir respostas negativas meio agressivas de vez em quando.

5) Além de escritor, você é professor e ilustrador. Como você equilibra todas as tarefas?
Tenho um quadro onde eu escrevo os prazos, meus dias de aula e também os eventos que me comprometi a participar. Vejo o que está mais em cima da data de entregar e procuro me organizar. infelizmente ainda não tenho como fazer tudo que eu quero, mas sinto falta de mais tempo para os projetos pessoais.


6) Durante o mês de outubro, você realizou uma importante exposição na Biblioteca Parque no Centro do RJ. Poderia nos contar um pouco sobre ela?
Não é só realizar uma exposição, mas tomar os espaços que são nossos com qualquer forma de manifestação artística. Claro que foi uma forma de divulgar o meu trabalho, mas, com a desvalorização cada vez maior de artistas e fechamento de locais de cultura, se faz mais que necessário expormos o que fazemos de melhor seja escrita, desenho, canto ou dança. Não importa. Acredito que arte e educação fossem tratadas como investimento nosso país não estaria nessa situação em que se encontra.
Ah, a exposição! Foram 42 trabalhos com a temática de horror para crianças e jovens, ilustrações produzidas para livros e outras especialmente para a exposição.


7) É notável que o mercado literário passa por uma de suas piores crises. Como fazer para conseguir se manter a salvo, mesmo em meio a crise?
Acho que manter-se salvo é privilégio para poucos, dá pra contar nos dedos de uma mão. Mas mercado do livro sempre estará em crise enquanto as pessoas acharem um livro de R$40,00 caro, mas ok pagar em várias prestações um tênis ou um celular. O mercado de tempos em tempos se "reinventa" lançando um livro pra colorir, um auto-ajuda ou a biografia de um youtuber, mas a briga dos pequenos contra os grandes, por exemplo, sempre vai existir também... A cadeia é enorme e vários fatores influenciam, muitas editoras e livrarias fecharam. Vou insistir na tecla de que educação e arte são investimento e também na formação de um público leitor. Infelizmente vemos professores que não são leitores, então o que esperar de alunos desses profissionais? A mudança virá com o tempo, mas só acontecerá se plantarmos as sementinhas.


8) Você já teve livro publicado por editora, de maneira independente e por financiamento coletivo. Diante da sua experiência em publicação, qual método você indicaria para um autor iniciante? Poderia nos explicar o motivo de sua escolha?
Por editora tradicional. Claro que não estou generalizando, mas sei de casos que as editoras que cobram para publicar só fizeram serviço de ISBN e gráfica, não revisaram, não distribuíram... Aí o autor ficou perdido sem saber o que fazer com os livros. As editoras tradicionais, mesmo com toda a dificuldade, cuidam do texto, pesquisam, sabem onde podem ir. E eu recomendo muito as editoras menores pois o tempo de produção é outro e a relação é muito mais tranquila. Deixe o financiamento pra quando tiver público e for mais safo com as questões do mercado.


9) Se você só pudesse indicar um livro seu, qual seria e por quê?
Pergunta muito difícil! Todos têm histórias diferentes e encontram e emocionam leitores diferentes... Mas se tivesse que escolher hoje seria o álbum "Artur e os medos" porque foge totalmente do quesito terror, mas é o livro onde eu mais remexo questões internas (não minhas, pois não é um livro autobiográfico) e é o trabalho mais delicado de todos por enquanto. Falo de insegurança, tristeza, solidão, luto, abandono, separação e tantas outras coisas ruins de forma direta, mas também leve, na medida do possível. O Artur representa tudo que eu falo sobre enfrentar dificuldades e fico feliz de ter criado esse personagem.





10) Para finalizarmos, gostaria que você deixasse o seu recado para os leitores, além de dizer onde podemos encontrar suas obras e falar com você:
Falem sobre seus livros preferidos para seus amigos e andem sempre com um livro na bolsa ou mochila. Leitura faz a gente se divertir, mas também se questionar! E claro, fiquem ligados nos meus próximos lançamentos (risos)
Vocês me encontram facinho, facinho no
instagram: @felipe.frcampos
facebook https://www.facebook.com/felipecampospagina/
twitter: @Campos_Felipe






Dresa Guerra é mãe de gatos e apaixonada por sorvete, chocolate e pela série Supernatural. A escritora alcançou grande sucesso na Internet por meio das plataformas Wattpad e Amazon. Desde 2016, a autora vendeu centenas de exemplares.
Dresa Guerra também está envolvida em atividades beneficentes. É professora de Inglês em uma ONG há treze anos, além de ser organizadora da União Literária, projeto que realiza ações em prol da promoção da Literatura Nacional e da transformação social. É organizadora do projeto “Abrace um autor nacional”.
Facebook: https://www.facebook.com/autoradresaguerra/
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Email: autoradresaguerra@gmail.com
Wattpad: https://www.wattpad.com/user/DresaGuerra

Um comentário:

  1. Muito legal essa iniciativa! Fiquei bem curiosa em relacao aos trabalhos do autor 😍

    Gostaria de ver a autora Nahra Mestre ou autor John Milers que lançou "como sobreviver ao apocalipse zumbi com sua mãe"

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