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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MUSEU NACIONAL E BIBLIOTECA CIENTÍFICA FRANCISCA KELLER SE PERDEM NA HISTÓRIA


Tania Rego/Agência Brasil

Neste último domingo (2), o Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, pegou fogo e ainda não sabe-se qual é a causa do incêndio. Por volta das sete da noite, funcionários e moradores da região começaram a acionar os bombeiros e a relatarem para as autoridades o que acontecia no local.
Entretanto, com a chegada dos carros para o combate ao fogo, notou-se também que não havia água nos hidrantes da região. Apenas com a chegada da Cedae a água do lago da Quinta foi usada contra o fogo.
Em meio ao caos e destruição que a história do nosso país sofreu durante a madrugada de domingo para segunda, perdeu-se a biblioteca de Antropologia Social, chamada Biblioteca Francisca Keller, que ficava dentro das instalações do museu. Não há informações se algumas obras foram salvas e nem de quantas foram queimadas.
Entretanto, de acordo com as informações dos moradores de bairros vizinhos, papéis queimados, já podem ser encontrados nas ruas, levados pelo vento da última noite.
A Biblioteca Francisca Keller pertence ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Literatura científica, física, perdida para sempre.



SOBRE A BIBLIOTECA FRANCISCA KELLER

O acervo da BFK era composto por livros, periódicos, teses, dissertações, anuais de congressos, folhetos, entre outros materiais especiais. A biblioteca possuía duas salas para alocação do acervo: o Acervo Geral e a sala de Teses e Dissertações. O acesso ao Acervo era livre para o usuário, que podia pegar o material desejado direto na estante. Já a sala de Teses e Dissertações possuía acesso restrito aos funcionários.

A Biblioteca Francisca Keller/PPGAS localiza-se no parque da Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Suas dependências encontram-se no prédio do Museu Nacional. Não confundir com a Biblioteca do Museu Nacional, localizada no Horto Botânico, também na Quinta da Boa Vista.

HISTÓRIA DO MUSEU

200 anos atrás, Dom João VI decidiu que era a hora de estimular o conhecimento científico no país. Em um primeiro momento, o local abrigava coleções de materiais botânicos, de animais empalhados, de minerais, de numismática, de obras de arte e de máquinas. 

O museu que hoje conhecemos, só foi inaugurado na República. Antes, ficava na Casa dos Pássaros, primeiro museu de história natural brasileiro, fundado pelo vice-rei Dom Luis de Vasconcelos.

Em 1889 os republicanos procuraram apagar os símbolos do Império. Um destes símbolos, o Paço de São Cristóvão, a residência oficial dos imperadores, tornou-se um local ocioso e que ainda representava o poder imperial. Então, em 1892, o Museu Nacional, com todo o seu acervo e seus pesquisadores, foi transferido da Casa dos Pássaros para o Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, onde se encontra até os dias de hoje.



Em 1946, o Museu passou a ser administrado pela então Universidade do Brasil, atual UFRJ. Os pesquisadores e laboratórios ocupam boa parte do museu e alguns prédios erguidos no Horto Botânico, na Quinta da Boa Vista. No Horto ainda encontra-se uma das maiores bibliotecas científicas do Rio de Janeiro.

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