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quinta-feira, 28 de junho de 2018

[Lançamento] Voo, de Ana Paula Simonaci

Ana Paula Simonaci lança seu livro de estreia, Voo, em parceria com as editoras Azougue e Circuito na décima segunda edição do Poetas de Dois Mundos que acontecerá no dia 29 de Junho, Sexta, na Livraria da Travessa de Botafogo (Volntários da Prátria, 97), a partir das 18h. 

O evento contará com a presença de diversos poetas e escritores. Pocket Show com Luis Capucho e microfone aberto para quem quiser declamar suas poesias, inéditas ou não. Ana Paula também irá apresentar algumas poesias compostas em seu livro de estreia.

O POETAS DE 2 MUNDOS foi imaginado para quem gosta de ouvir poesia e quem gosta de falar poesia. Com o intuito de definir um lugar (a Livraria da Travessa de Botafogo) para o encontro periódico entre amantes de poesia e autores, veteranos e iniciantes, consagrados e desconhecidos. 



Sinopse
Voo é o livro de estreia da poeta e curadora Ana Paula Simonaci. Em  dezoito cantos, o livro cria uma espécie de epopéia contemporanea, fragmentária e subjetiva. É um livro metafísico e libertário. O desenho gráfico do livro, trabalhando com o vazio da página e a variação de tamanho de fonte faz com que o livro seja uma partitura poética. Dialogando com diferentes movimentos artísticos, como o surrealismo e o neoconcretismo.



Confira um dos poemas que compõem o livro Voo:

precisamos ir à índia caçar os tigres azuis.
[a distância e o tempo são uma coisa só]
eu andei três desertos até ver um oasis. eu andei três casas no xadrez. eu perdi minha rainha para um cavalo feroz que veio de dentro do mar. o bispo se ergueu para ouvir as orações que eu fazia quando menina dentro da igreja onde morei nos dias da minha puberdade. o tabuleiro não é apenas um quadrado, ali existe uma montanha. todas as casas da cidade com seus bispos, reis, rainhas e torres um dia caem no chão. minha casa de infância foi demolida. a casa dentro da igreja. isso foi quando comecei a buscar os tigres azuis. chorei quando demoliram deus. me deu esperança e me deu loucura. temi ao olhar diante da cara desse tigre que não é azul, pois está por todos os lados. e não são poucos os relatos selvagens. busquei os tigres azuis. andei quarenta quilômetros até o rio, em nome do amor. e me ergui com asas para caçar a paz, mas a porra da paz não habita no meu coração feroz. são poucos os relatos sobre liberdade. os tigres azuis estão extintos.
mas alguns caçadores ainda os vêem, mesmo que em sonho.

mel e perdição.




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