Jane Harvey-Berrick é uma apaixonada pela escrita. Em junho, no The Gift Day, ela é uma das autoras internacionais que estarão presentes. Seu lançamento é "Imbatível", em parceria com o autor Stuart Reardon, que será publicado pela Record. Nesta entrevista, ela fala sobre seus livros, rotina de escrita e muito mais. Confira:
Publiquei Revista: "Imbatível" não é seu primeiro livro publicado no Brasil, mas é a primeira vez que você virá. Qual sua expectativa para conhecer os leitores brasileiros?
Jane Harvey-Berrick: Ai, Deus! São tantas! Meu coautor, Stuart Reardon, já visitou o país e ele amou como todos foram amigáveis e calorosos. Eu amo distribuir abraços, então vai ser maravilhoso! Estou ansiosa para fazer todas as atividades turísticas, mas também para ver um pouco da história do Rio (nós estaremos no Brasil por apenas cinco dias, mas vamos ver o máximo possível). Eu gostaria de tentar aprender algumas frases antes de eu chegar, mas não criem muitas expectativas! Obrigada!
Há algumas pessoas muito importantes no Brasil que eu realmente espero poder conhecer — os fãs. Há algumas meninas que eu venho trocando e-mails e mensagens por anos, literalmente, então eu estou bem animada para conhecê-las pessoalmente.
PR: Como é sua rotina de escrita?
JHB: Eu sou bem rigorosa com minha rotina de escrita. Quando eu estou na minha “caverna” de escrita, eu odeio ser interrompida. Eu olho furiosamente para meu marido se ele ousar me interromper enquanto eu estiver digitando. Eu sou má, de verdade! Depois de todos esses anos em que somos casados (16), eu ainda não o treinei para não me interromper no meio da frase. Esquecer o que ia escrever me deixa louca! Eu sou realmente uma pessoa matutina, então eu tendo a levantar cedo e começar a escrever. Algo que ajuda é que minha cachorrinha, Pip, acorda de madrugada. Então ela decide que é a hora de eu levantar também. Às vezes as 5 da manhã no verão! Eu a levo para passear lá pelas 9 da manhã e encontro meu marido em uma cafeteria local na praia. Eu sei que vocês têm praias incríveis no Brasil, mas nós também temos algumas bonitas aqui no Reino Unido. E essa caminhada pela manhã me ajuda a desvendar roteiros ou qualquer problema que eu esteja tendo com um personagem.
Minha mãe mora perto da minha casa e ela não está muito bem de saúde, então eu a visito quase todas as tardes, e depois eu trabalho novamente a noite até que eu esteja cansada demais para pensar. Depois eu me sento no chão para brincar com a Pip e grunhir para o meu marido. Eu acho que é por isso que nossos cafés de manhã são tão importantes, é o único momento em que eu sou razoavelmente civilizada. Oh céus!
PR: Quais foram as diferenças de trabalhar com alguém em "Imbatível"? Como isso funciona para você?
JHB: Eu amei trabalhar com o Stu, eu aprendi muito, mas eu decidi que coautoria é uma habilidade bem diferente. Primeiramente, ele me trouxe para um mundo sobre o qual eu sabia muito pouco. Como "Imbatível" é baseado em partes da vida dele, era muito importante que o que eu escrevia se encaixasse: ter os detalhes corretos, ter o tom e as sensações certas. Eu tive que entrar no seu mundo, na sua voz, além de escrever a personagem feminina, Anna. Como nunca tínhamos trabalhado juntos antes, nós fomos desenvolvendo estratégias ao longo do caminho. Nós passamos muito tempo no Skype e no Facetime, literalmente construindo um capítulo juntos, palavra por palavra. Algumas cenas eu escrevi sozinha; algumas cenas o Stuart escreveu sozinho. Nós trocamos mensagens de texto, digitamos, usamos o WhatsApp e, o melhor de tudo, ele me mandou mensagens de voz hilárias em que ele representava uma cena inteira da história. São memórias preciosas. Talvez eu leiloe essas mensagens de voz um dia.
PR: Como sua pesquisa para os livros funciona?
JHB: Com "Imbatível" foi direta — eu perguntava ao Stu. Para outros livros, eu leio muitos livros de não ficção. Eu tenho um amigo próximo que esteve no exercício britânico por muitos anos e as histórias dele inspiraram alguns dos meus livros mais profundos. Além disso, eu leio jornais e blogs de notícias vorazmente, e eu amo ler sobre História — apesar disso, eu não me interesso em escrever novelas históricas. Estranho, né?
Quando eu escrevi um livro sobre um acompanhante, eu passei muito tempo lendo sobre prostituição e serviços de acompanhante e também lendo entrevistas de homens e mulheres que trabalharam nestas indústrias e na indústria do pornô. Eu li vários romances leves sobre homens que tinham sido acompanhantes, e eles fizeram parecer um pouco glamourosa. Não é o mundo real e não era o que eu queria escrever. Mas acho que, com o coração partido, torna-se edificante.
PR: Como você constrói seus personagens?
JHB: É diferente a cada vez. Alguns vem devagar e eu tenho que aprender a pensar como eles pensam; outros aparecem totalmente formados e é quase um ditado quando eu escrevo suas histórias. Eu nunca sei como vai ser até eu começar.
PR: E como você escolhe os modelos da capa?
JHB: Haha! Com muitas pesquisas feitas cuidadosamente ;)
Bom, não requereu muita reflexão a ideia de ter o Stuart na capa de "Imbatível"! Ele é lindo, então por que não? Eu estou tentando convencê-lo a me deixar ser a capa da nossa próxima colaboração. Não, brincadeira. Nós queremos vender livros, e não fazer as pessoas esconderem a capa!
Eu só fiz três sessões com modelos na capa. Na primeira, o modelo americano Tyler Gattuso foi o dublê do carnaval Kestrel Donohue em "The Traving Man" e "The Traving Woman". Ele também está nas capas das versões italianas: "Il Viandante" e "La Viandante". Ele também estrelou com modelo canino, Tanner, na capa da minha história inspirada em cães "One careful owner". O fotógrafo muito talentoso foi Michael Anthony Downs. O Tyler se tornou um amigo e eu fiquei super feliz de encontrá-lo novamente no verão passado, junto com sua linda noiva, a Summer Jordan, que também é modelo.
A segunda sessão de fotos foi muito diferente, e foi para o terceiro livro da série "Traveling", intitulado "Roustabout". Eu subornei um amigo meu do exército que é incrivelmente lindo para ser o modelo da capa do dia. Eu dei a taxa de modelagem de James para uma instituição de caridade militar e ele estava feliz com isso. A modelo feminina era uma garota linda do meu grupo de leitores, chamada Lily. Ela sempre quis ser modelo de capa, mas sofre da doença Distrofia Muscular. Ela usa uma cadeira de rodas a maior parte do tempo, mas por um dia, realizamos o sonho dela e a transformamos em uma linda modelo de capa com um soldado bonito para se segurar. O fotógrafo desse projeto era o talentoso Alex Wightman.
Meu terceiro photoshoot foi no outono passado. O cara em questão é um instrutor de fitness originalmente da Hungria, que agora vive na cidade litorânea de Brighton, Gergo Jonas. Eu o conheci quando ambos estávamos de férias no Japão. Ele nunca havia modelado antes, mas quando eu perguntei se ele gostaria de estar na capa de dois livros militares que estou escrevendo, ele deu de ombros e disse que era bom tentar coisas novas — e os resultados foram sensacionais! O fotógrafo era na verdade fotógrafo de moda GG Gold.
Então, como eu escolho meus modelos de capa? Cada um é diferente — então, quem sabe?!
PR: O que você espera do Brasil?
JHB: Abraços, brilho do sol, leitores entusiasmados, uma pequena aventura, comida maravilhosas e memórias que durem a vida toda.
Imbatível será publicado pelo Grupo Editorial Record em 10 de junho. O The Gift Day acontece no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Os ingressos estão sendo vendidos pelo site: even3.com.br/thegiftday
Cliquei aqui para mais informações.
Acesse a página da The Gift Box para mais detalhes: facebook.com/thegiftboxbr
Você pode encontrar a Jane em:
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